(1987) O Sobrevivente: o "Big Brother" do Schwarzenegger.

Imaginem vocês amigos que lêem e COMENTAM nesse blog, se o BBB fosse um programa em que o apresentador fosse mais cínico e menos mala que o Bial, que tivesse a presença de DOIS governadores americanos que também são porradores de marca maior e que as palavras “eliminação” e “paredão” fossem tomadas ao pé da letra ? Pois tiveram uns caras no final dos anos 80 que pensaram nisso e rodaram um clássico dos filmes de ação que é muito mais interessante que o programa da Globo, que nem estupro tem OH WAIT!

A história de “O Sobrevivente”(The Running Man) se passa em 2017, em um mundo regido por um governo opressor em que os rebeldes são tratados com mãos de ferro e as demais pessoas são alienadas por programas de TV extremamente manipuladores e apelativos, sendo o de maior sucesso, um reality show bastante degradante. Completamente diferente da realidade, né?

Schwarza é um piloto de helicóptero que se recusa a atirar em manifestantes desarmados e para em uma prisão de segurança máxima. Só que prisão alguma é suficiente para deter o “Carvalho Austríaco”, e com a ajuda de mais uns trutas (um deles é o negão Yaphet Kotto, que foi vilão em “Com 007 viva e deixe morrer”) ele consegue escapar de lá.

Em seguida, faz uma refém (Amber, interpretada pela ex Miss Venezuela, Maria Conchita Alonso) e tenta fugir para o Havaí, fingindo ser seu marido. Fazendo seu papel de esposa, ela mete lhe a porrada, o cara é preso e acaba tendo a chance de participar do programa de TV “The Running Man”, um reality show em que precisa vencer outros abrutalhados para ganhar o Moto Radio a liberdade.

O tal programa de TV é muito foda! O apresentador e produtor Damon Killian (Richard Dawson) é um FDP inescrupuloso, que só pensa em audiência (Noooooosa, quem imaginaria...), tem umas bailarinas tipo as do Gugu (coreografadas pela Paula Abdul do “American Idol”) e a platéia tem umas tias mais velhas que as colegas de auditório do Sílvio Santos.

A fórmula é muito simples: Solta-se o cara numa espécie de “zona de guerra” e ele é “caçado” por gladiadores que já venceram o programa em outras edições. Ganha aquele que continuar vivo, o que é uma dádiva, pois com isso se elimina uma praga que temos que suportar nos dias de hoje que são os ex-participantes de reality shows, esses arroz-de-festas que temos que agüentar o tempo todo.

Auxiliado pelos seus dois trutas e pela Amber, que acaba sendo capturada também, Schwarza tem que enfrentar os tipos mais bizarros para salvar sua pele e a dos amigos e é daí que nós extraímos o melhor que os filmes de ação dos anos 80 podiam nos oferecer: a ultra-violência e os diálogos sem-noção. Enquanto rasga o pescoço de um com arame farpado ou faz um cara serrar o próprio saco com sua serra-elétrica, o austríaco solta suas pérolas:

Vale destacar nesse filme também a presença de dois ícones da cultura americana. Um deles é Jim Brown, que é tipo um Pelé do futebol lá deles e cujo um dos primeiros filmes foi “Os 12 Condenados” de 1967, que vem a ser o avô de filmes como “Os Mercenários” reunindo nomes como Lee Marvin (Comando Delta), Charles Bronson (Desejo de Matar 1,2,3,4,5...), Donald Sutherland (Condenação Brutal) entre outros.

Tô ficando atoladinha!

Outro destaque é Jesse Ventura. Ex campeão de Luta Livre, foi GOVERNADOR DE UM ESTADO AMERICANO, assim como Schwarzenegger, sendo este governador da Califórnia e Jesse do Minessota. Não podemos nos esquecer que os americanos já elegeram um ator ruim para a Casa Branca, Ronald Reagan, fora os que não são atores profissionais mas mentem tão bem quanto.

Acredite: O Serra e o Aécio foram governadores mais truculentos que esses dois aí

Para não dizer que não falei dos defeitos do filme, o visual dele é um tanto quanto “datado”. Escuro, como a maioria dos filmes da época, e com aquelas roupas extravagantes e de cores berrantes como só os anos 80 conseguia produzir. É um filme que faz mais sentido ganhar um remake do que outros mais famosos do Carvalho Austríaco como “Conan” (desnecessário) e “O Vingador do Futuro” (idem), haja vista que nossa realidade hoje me parece mais próxima da do filme do que a de 1987 (não a toa o filme se passa 30 anos no futuro). Será que o "The Rock" toparia?

Para concluir os trapalhos, deixo vocês com uma aula de defesa pessoal ministrada por Maria Conchita Alonso. Até semana que vem:

 Como evitar um estupro em um reality show

 Veja o trailer acima:

Cotação: (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) - Melhor que esses programas que vocês comentam no Twitter.

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