quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

(1985) O Ano do Dragão ou 9 e 1/2 Semanas de Chumbo nos Chineses


Tirando o Oriente Médio e o Brasil (onde o ano só começa depois do Carnaval) já é ano novo em todo lugar do planeta. Até na China, que tem um horóscopo que parece o jogo do bicho, já é ano novo. É o ano do Dragão. Teve até uma comemoração na Liberdade domingo último. Imaginem vocês, as duas pessoas que leem essa coluna, se de repente nessa comemoração chega um policial branquelo, racista e fascista causando na festa. Uma reintegração de posse do Alckmin? Não, trataria-se da reencenação de uma cena do filme "O Ano do Dragão" (de Michael Cimino, o mesmo de "O Franco Atirador", baseado em um romance de Robert Daley), em que Mickey Rourke "ferra" com os chinas, um ano antes de "ferrar" com a Kim Bassinger em outro filme, se é que você me entende, huh-uhuhu-huh!!!

 

A trama não difere muito da trama de qualquer filme policial que você tenha visto: Policial durão que chega para arrumar a casa e acaba perdendo pessoas queridas e a própria sanidade durante o processo, fora os entraves burocráticos, que o impedem de "botar no fiofó dos bandidos". A diferença é que esse filme abusa menos de recursos clichê como "o herói que chega bem na hora" ou "final feliz" (ou pelo menos faz a história parecer mais "natural"), além de ser mais brutal e violento até que os filmes policiais o qual estamos acostumados.
 
Porra Pe Lanza! Até você, cara?
 O "herói" do filme também não é bem um "herói". Mickey Rourke faz o papel de um policial descendente de poloneses que quer ser americano. Muda até o nome de "Stanisław Luszinski" para "Stanley White" (se eu me chamasse Stanislaw também iria querer mudar de nome). A obsessão dele em desmontar as tríades que agem em Chinatown (que é a Liberdade lá dos nova-iorquinos) é tanta que ele simplesmente bota a vida de todos que estão ao seu redor em risco: mulher, amante, colegas de trabalho, o que importa é acabar com os chinas, especialmente Joey Tai, o novo big boss da máfia chinesa local.
 
O Law Kin Chong deles

O nosso Law Kin Chong
Além do mais, Stanley White é um personagem complexo. Apesar de ser um cara estúpido, cínico, insensível, racista e misógino, há momentos em que você chega a simpatizar com o sujeito (coisa que é quase impossível de acontecer na vida real). Afinal você vê a vida do cara se esfacelando toda enquanto ele tenta fazer o que ele acredita ser o certo. Não a toa quem escreveu o roteiro desse filme foi o mesmo cara que roteirizou "Scarface" (outro cuja vida se esfacela diante do teu balde de pipoca), o roteirista e diretor Oliver Stone.

Eu só não consigo entender cumé que o Mickey Rourke abriu mão de ser o galã mais foda de Hollywood pra ficar parecido com uma lésbica quarentona. É uma das coisas que eu não consigo conceber. Talvez a Leidi e o Marcos possam me ajudar.

Quem sabe o príncipe virou uma saaapa/Que vive coçando o seu saco...

John Lone, que faz o papel do china mafioso, também não faz feio. Ganhou Globo de Ouro por sua interpretação e faturou papéis em outras grandes produções como "O Último Imperador". O filme quase ganhou outro Globo de Melhor Trilha Sonora (matadora). Injustamente foi indicado para o Framboesa de Ouro como Pior Roteiro, Pior Filme, Pior Direção, Pior Atriz e Pior Atriz Estreante para Ariane Koizumi (esses dois até merecidos). Veja mais sobre o Framboesa de Ouro em breve.










Por fim, fique com trailer do filme e tente entender porque deviam ter chamado o Mickey Rourke para fazer o Batman em vez do cabeçudo do Michael Keaton (A Kim Bassinger iria adorar!!!)


Melhor trailer de filme policial já feito:



Cotação: (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) (_*_) - Vale muito mais que os yakissobas que cês comem.


Fontes:
www.imdb.com
sm.cury.zip.net
aveleyman.com
terra.com.br
moviemaker.com

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